sexta-feira, 5 de abril de 2013

Superdica de Leitura por Isadora Salviano


“Não julgue um livro pela capa” é o que diz a contracapa do livro que acabo de ler. Ao se debruçar nas páginas logo percebemos que o que realmente o que ele quer nos mostrar é que temos um universo dentro de nós e que é pouco explorado, muitas vezes por causa das aparências.  O livro de que falo é “Extraordinário”, de R. J Palacio.

Augustus é um menino comum, é assim que ele se vê; é assim que ele quer ser. Mas as pessoas se assustam quando olham pra ele por conta de uma síndrome genética que lhe causou uma deformidade facial, nunca foi a uma escola até o momento, antes ele só passava por cirurgias e mais cirurgias... Coisa pouca, comparado a ir para o Ensino Fundamental II.

O livro é extremamente encantador, me lembrou de A culpa é das Estrelas, de John Green. Ele mostra o cotidiano e extrai deles coisas que poucas vezes paramos pra pensar. Como por exemplo, quando você vê alguém diferente na rua, qual é a sua reação? Como seria encontrar Augustus na rua? Durante a narrativa, se revezam as personagens e podemos ver as diferentes visões delas de maneira contínua e, de forma metalinguística vai mostrando como podemos ser enganados pela superficialidade e impulsividade de nossas ações. O interessante é que a narrativa não gira somente ao redor da personagem principal, afinal todos temos problemas, certo? Achei um ponto forte do livro.

 
Na vida real vamos encontrar pessoas como Julian, ou Jack, ou Olivia, ou Miranda... As pessoas não são más, nem boas e, todos nós temos preconceitos, por menor que seja (reflita), a diferença está na maneira que lidamos com ele: ou negamos o outro, ou o aceitamos. Ou vamos mais além e mergulhamos num mundo desconhecido que pode nos encantar como me encantei por Augustus (Auggie). Uma passagem do livro que apreciei muito foi:

 
“- As pessoas continuam iguais quando vão pro céu?
- Não sei. Acho que não.
- Então como elas se reconhecem?
- Não sei, querido. - Simplesmente sentem. Não precisamos dos olhos para amar, certo? Apenas sentimos dentro de nós. É assim no céu. É só amor. E ninguém se esquece de quem ama.”

 
Se pensarmos bem, também como mediadores podemos nos deparar como situações parecidas e penso que é muito importante passarmos essa percepção, principalmente às crianças... Enfim, espero que eu tenha atentado vocês para ler, leiam!

Um comentário:

All you need is blog... disse...

Adorei, me deu muita vontade de ler!!