quinta-feira, 5 de novembro de 2015

4º edição da Oficina Conte Comigo do Livros Abertos: Aqui todos contam!



A 4º edição da Oficina Conte Comigo do "Livros Abertos: Aqui todos contam" fez parte da programação oferecida pela Semana Universitária 2015 da Universidade de Brasília (UnB), que ocorreu do dia 27 a 31 de outubro. Participaram da oficina estudantes da UnB e Educadores, que puderam conhecer a leitura dialógica e discutir diversas temáticas a partir das rodas de contação dialógicas desenvolvidas na oficina.

Aspectos essenciais da leitura dialógica foram comentados, tais como ler a história antes de contar às crianças, saber lidar com as perguntas, compreender se a criança está gostando e entendendo a história contada.
Houve também um embate entre a leitura dialógica e leitura convencional, em que se discutiu qual era mais cansativa ou em qual se gasta mais energia.
Segundo os participantes na leitura dialógica a criança gasta mais energia devido a proposta de participação do que na leitura convencional.


Uma participante comentou que “para a criança [a Leitura dialógica] é mais interessante, pois ela participa, ela tem espaço para falar, para se colocar e ser ouvida.

Assim, chegou-se a conclusão que na Leitura dialógica há mais liberdade para imaginar, refletir para além da história e relacioná-la com acontecimentos do dia-a-dia. O grupo salientou que para além da conclusão que a história do livro chegou, o grupo de crianças pode criar a sua própria conclusão como o mediador Manuel pontuou: “Quando a participação foge do livro, eu fecho o livro e nós criamos a nossa própria história".
Outro aspecto discutido foi “deixar ou não a criança ler a história no lugar do mediador?”. Segundo os participantes, por mais que o grupo disperse, para crianças que estão iniciando o processo de aprendizagem da leitura, esse incentivo é importante.  
Outro tema bastante comentado foi a relação entre leitor e livro. Destacaram que o livro é uma forma de se autoconhecer, de dar forças para vencer os medos e anseios. Os livros não geram só prazer, mas também inquietações. A criança em sua relação com o livro e a leitura dialógica faz com que ela expresse os acontecimentos que ela projeta no livro, seus sentimentos, entre outras coisas. A Leitura dialógica é um espaço das crianças e por isso a escuta atenciosa e respeitosa também se faz necessária.


Enfim, muitas coisas foram compartilhadas, tantas que esse texto poderia ser mais longo.




Assim para finalizar a dinâmica foi perguntado a cada um da roda “em uma palavra, o que é necessário para ser um bom mediador de leitura?”


"Ser criativa(o), leitor(a), engraçada(o)"                  "estar aberta(o), ser ouvinte, colhedor(a)
                                                                                      paciente, entender as crianças, ser 
"amiga(o), entrar no mundo da criança                       (e também mostrar o seu mundo a ela"
despertar, ser um captador de memórias, sensível,      
brincalhão (lhona), deixar de ser a sabichona(ão)",

                                                                      "ser observador, perseverante, alguém que faz a diferença pela relação da criança com a leitura, ser cativador e cativante, ser amoroso(a)".




Ao final foi possível que os participantes fizessem uma breve avaliação, contribuindo com sugestões para oficinas posteriores. Segue-se um exemplo de avaliação feito na oficina:


  • Que Bom: “Muito bom a parte do debate, pois você acaba aprendendo com as experiências de outras pessoas e também a parte da dinâmica de contar historias, pois tem uma vivência real de um mediador de leitura e a visão dos desafios que ele poderá enfrentar
  • Que pena: “Que pena! Poderia ter em mais escolas.”
  • Que tal: “Que tal a oficina ser dois dias? Em um dia seria passado a experiência do projeto. E no segundo dia teriam alunos para que pudéssemos contar historias”.

Agradecemos a todos que contribuíram com a avaliação e que participaram da 4º Edição da Oficina Conte Comigo!

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