quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Diário do contador por Larissa Araujo



     
Na última contação li o livro “Liga-Desliga” de Camila Franco, Jarbas Agnelli e Marcelo Pires. Achei super interessante, pois o livro inverte a relação entre a criança e a TV. Em sua narrativa é a TV que assiste ao menino. Assim, críticas são feitas de uma maneira leve e a mensagem principal “não assista muita TV e brinque mais” é dada sem parecer um sermão ou uma ordem direta. Durante a história perguntei sobre o que as crianças gostam de assistir na TV e fiquei surpresa (para variar, essas crianças sempre me impressionam.) quando me disseram que adoram ver a novela das oito e programas que possuem uma classificação indicativa não condizente às suas idades. Muitas afirmaram que os pais liberam para que assistam à televisão e não as proíbem de assistirem a quaisquer programas. Tal assunto veio a calhar neste momento já que o STF está votando para liberar programas de TV em qualquer horário, com classificação de idade. O relator do caso, ministro Antonio Dias Toffoli afirmou que são os pais os responsáveis pelo o que seus filhos assistem ou não na TV. Mas, se o que as crianças me disseram procede, sinto que deve haver um trabalho com os pais a fim de orientá-los sobre a importância da classificação indicativa e deixar claro que a mídia é sim um forte influenciador e que eles devem ficar atentos, estar junto à criança e explicar a ela o que se passa na telinha. 


E você? O que acha sobre as classificações indicativas e o horário em que os programas devem ir ao ar?

2 comentários:

Igor disse...

Eu sou suspeito pra falar, pois trabalho na Classificação Indicativa, então minha opinião é necessariamente enviesada. De todo modo, reitero meu pensamento de que a classificação e a vinculação horária são muito importantes para a proteção de nossas crianças. Com pais trabalhando de 8h às 18h, fica complicado eles tutelarem seus filhos sempre que os garotos ligarem a TV. Quem nunca ficou impressionado com imagens de filmes e/ou programas que acabaram gerando em nós certos traumas? Eu, por exemplo, quando criança assisti a "Tubarão" do Spilberg e fiquei chocado a ponto de sentir muito medo de nadar em mar aberto até hoje (tenho 27 anos). Portanto, é uma pena o STF estar prestes a derrubar a vinculação horária... - pois as emissoras poderão passar programas de conteúdo inadequado em qualquer horário.
Abs,
Igor

Livros Abertos: Aqui Todos Contam! disse...

Igor, muito obrigada pela participação!