quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A Idade das Cores

A minha proposta inicial era de ler alguns contos do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen e logo em seguida pedir para que eles desenhassem sobre a história. Não deu certo. Levei um livro de contos e mesmo explicando que o livro continha várias histórias, eles falavam que era grande demais, que continha muitas palavras e não tinha desenho. Eles amam cores e desenhos e não adianta inserir uma atividade ou outra, porque os elementos mais importantes farão falta. Um outro detalhe: eles gostam de decidir sobre o que desenhar.
Depois de duas tentativas frustradas, decidi levar um livro com cores e várias ilustrações. Deu certo. Depois levei um livro ilustrado chamado Modelo vivo: Natureza morta, de Gonzalo Cárcamo. Logo no começo disse: “Hoje vocês vão contar a história”. As respostas? “Eu não quero”; “Eu não sei ler só tenho seis anos”; “Legal” etc. O resultado? Os resultados, na verdade, foram duas histórias muito divertidas, contada tanto pelos que, inicialmente, gostaram da ideia quanto pelos que disseram que não contariam, ou pelos que falaram que não sabiam ler.
Idade dos alunos: 5 e 6 anos


Faço agora uma pequena descrição das histórias:

1º grupo
Deram o nome de João Vitor ao pintor e João Pedro ao caçador. Segundo eles, o pintor observava um urso e depois veio um caçador que matou o urso. Eles se assustaram com uma figura que mostrava apenas o rosto do caçador e o reflexo de seus óculos. Em certos momentos confundiram os dois personagens, pois eram muito semelhantes fisicamente. Chegaram a conclusão de que as pessoas destruíam tudo o que o pintor desenhava e por isso ele deixou o quadro que pintava para trás.

2º grupo
Deram o nome de Marcos Rafael ao pintor e Max Max (lê-se Méx Máx) ao caçador. Nome composto porque cada um citou um nome e Max Max devido à dúvida de pronúncia. Em relação a figura que mostrava apenas o rosto do caçador e o reflexo dos seus óculos, chegaram a conclusão que ele observava um animal. De acordo com eles, o pintor se escondia e observava um urso grande e mau, mas os ursos não são apenas maus. Eles também são bonitos e fofinhos. Os personagens tinham cara de pepino e eram neto e avô. O caçador era avô porque tinha o cabelo loiro ou branco. Não chegamos a uma conclusão. No final o pintor abandonou o quadro que pintava porque estava cansado de pintar.


Por Elioenay Melo 

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