segunda-feira, 20 de maio de 2013

Incrementando a leitura dialógica com um celular.



Istvan Banyai nasceu em Budapeste no ano de 1949. Emigrou para os Estados Unidos em 1985 onde, dez anos depois, produziu seu primeiro livro infantil: Zoom. Zoom é um livro de imagens em que a cada nova página o zoom é reduzido, ou seja, as imagens tornam-se mais amplas no decorrer do livro, ou tornam-se mais focadas, caso se leia de trás para frente. Enfim, meu objetivo nesse post é demonstrar uma maneira simples de levar algo do nosso cotidiano à leitura dialógica com a finalidade de torná-la mais incrementada e atrativa. Será possível utilizar um celular como instrumento de leitura? Bom, é o que fiz na última terça-feira dia 14/5. Fui à escola com o livro Zoom em mãos, já havia feito a leitura desse livro às crianças do 2º período, agora conto para o 1º ano do ensino fundamental. Achei que seria mais uma leitura de Banyai, como sempre, bem divertida, porém, fui surpreendido ao perceber que as crianças não estavam conseguindo entender o que é zoom. Explicava, explicava e nunca tinha a certeza do entendimento por parte delas; daí veio a angustia de terminar a leitura do livro e elas acharem que as imagens estavam ali aleatoriamente, sem qualquer sequência lógica. Ora, lembrei do celular em meu bolso, pronto agora vai! Não é que foi mesmo! Liguei a câmera do aparelho e coloquei o foco nas imagens, pedi para que todas as crianças olhassem apenas para a tela do celular e esperassem pelo que haveria de acontecer. A cena foi fascinante, pois na escola é proibido o uso de aparelhos eletrônicos, elas acharam que se a diretora ou alguma professora nos visse usando o aparelho estaríamos "ferrados". Fizemos um esconderijo para que ninguém mais pudesse ver aquele celular. Quando todos olharam para a tela, apertei o botão do zoom e aí elas puderam sair do plano explicativo para ver na prática como funciona o tal do Zoom. Daí passei a contar a história com o celular em mãos, as crianças se sentiram atraídas a ver as imagens por meio do celular. A cada nova página,  tínhamos duas perspectivas diferentes: o zoom do livro abordado pelo autor como forma de passar uma visão diferente das coisas e o zoom da câmera que era reduzido ou não, conforme elas pediam. A câmera não foi um instrumento apenas de diversão, podemos utilizar de objetos presentes em nosso cotidiano como forma de compreensão das histórias, por isso a necessidade de atividades que estimulem a criatividade dos contadores. Aqui fica a dica de uma maneira simples e eficiente de contar Zoom: utilize o celular.
Lucas Barros

2 comentários:

All you need is blog... disse...

Nossa, me diverti demais lendo seu post. Fiquei imaginando vocês escondendo o celular e as crianças no maior clima de segredo, num zoom zoom de imagens. Muito bom!

All you need is blog... disse...

Nossa, me diverti demais lendo seu post. Fiquei imaginando vocês escondendo o celular e as crianças no maior clima de segredo, num zoom zoom de imagens. Muito bom!