sexta-feira, 25 de abril de 2014

E o dente ainda doía, de Ana Terra.




            É a história de um jacaré que sente uma forte dor de dente, como não era de costume o jacaré ficar quieto, diversos animais vieram tentar ajuda-lo. Para dois coelhos o melhor remédio é roer uma cenoura, já para cinco patinhos o melhor era receber carinho, entretanto nada fazia o jacaré parar de sentir dor. A última ajuda recebida foi a de 10 passarinhos, para eles a solução do problema seria colocar uma pena no focinho do jacaré, porém não resolveu. 
            O jacaré já estava irritado por já ter feito diversas coisas para resolver a sua dor e nada, diante disso ele bufou e todas os possíveis remédios voaram, o jacaré já não sentia mais dor no dente, para ele foi a pena que o ajudo a sentir melhor.
               O jacaré já se sentia tão bem que já pensava em fazer de lanchinho de um dos animais que vieram lhe oferecer ajuda, mas os animais foram mais espertos e fugiram do faminto.
                 


       A leitura desse livro foi muito prazerosa, porque as ilustrações são feitas de dobraduras de papéis coloridos. No fim da contação, os que possuíam desenhos mostraram para os demais colegas e foi muito bacana.
      


     

    

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Os fantásticos livros voadores de Modesto Máximo



    Uma história que retrata de forma clara e simples a conexão entre o imaginário e o real, mostrando que muitas vezes só precisamos querer recomeçar para encontrarmos a felicidade, como nos diz o próprio personagem: “A história de cada um é importante”.
    Modesto Máximo levava uma vida tranquila e escrevia tudo o que acontecia em seu livro, até que certo dia um furacão invade a cidade e tudo fica embaralhado, inclusive a vida de Modesto e as letras de seu livro, a cidade fica sem cor. Enquanto andava desnorteado pelas ruas aparece uma moça sendo levada por livros coloridos “A moça que voava sabia que Modesto só precisava de uma boa história. Logo, enviou para ele a que ela mais gostava. Esse livro, que era uma companhia agradável, convidou Modesto a segui-lo.” A partir desse momento o personagem entra em um mundo mágico de livros e fantasias e percebe que o livro realmente só ganha cor e vida quando alguém lê suas histórias.
    O autor do livro cria um final surpreendente e de descobertas para Modesto Máximo e também para os leitores. É um livro bastante prazeroso e fácil de se ler e contar, pois há muitas figuras e uma narrativa curta.   O livro também resultou em uma animação que foi eleita a Melhor Curta-metragem de Animação, vencedora do Oscar de 2012. Vale muito a pena reservar um tempinho para assistir! Segue o link:  https://www.youtube.com/watch?v=LjkdEvMM5xs


                                                                                                                      Luana Vaz


quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor



Hoje, dia 23 de abril, é comemorado o dia do Livro e dos Direitos de Autor. Um dia voltado para a conscientização da elevada importância do livro para nossa sociedade. A data foi estabelecida pela conferência geral da UNESCO a fim de homenagear grandes autores que nasceram ou morreram nesse dia, como Cervantes, Shakespeare, Inca, Gracilaso de La Veja e Vladmir Nabokov. Já a ideia da comemoração dessa data surgiu na Catalunha, com a entrega de uma rosa a cada pessoa que comprasse um livro na data referente. E com isso foram estabelecidas muitas outras formas de comemorações e celebrações no Mundo.

E você...vai ficar de fora?! O que acha de comemorar esse dia tão especial com uma boa leitura?

Deixo como inspiração duas poesias...

O livro

Livro

um amigo
para falar comigo
um navio
para viajar
um jardim
para brincar
uma escola
para levar
debaixo do braço.
Livro
um abraço
para além do tempo
e do espaço.



Luísa Ducla Soar


                                                                     O prazer de ler

Mais do que palavras, ler é saborear
Histórias tristes e belas, cenários de encantar
Mais do que ciência, ler é experimentar
Ler é sobretudo prazer...prazer de ler


Ler é não ter medo, ler é liberdade,
Ler é ser honrado, ser nobre, ser elevado
Ler é viajar, por terra, por rio, por mar
Ler é sobretudo prazer...prazer de ler



Ler é ser capaz, ler é ser audaz
Ler é arriscado, por isso tem cuidado
Ler é vaguear de dia ou ao luar
Ler é sobretudo prazer...prazer de ler



Ler é mais que tudo que possas imaginar
Ler é ser alguém, alguém que tem para dar
Dar e receber, dar para viver
Ler é sobretudo prazer...prazer de ler


Eliseu Alves


                                                                                                                                                                            Carolina Bueno 



segunda-feira, 21 de abril de 2014

Espiar... Pra dentro!



Na tentativa de relembrar como eu era e de entender o universo das crianças, eu levei para a leitura dialógica o livro “O menino que espiava pra dentro”, de Ana Maria Machado. Conta a história do Lucas, um menino que espiava... Só que para dentro. Mas o que é espiar para dentro? Ahhhh, isso daí a gente foi conversando para saber o que era.
O importante é que o Lucas tinha uma facilidade muito grande de sonhar, de imaginar. Acho eu, que na infância é onde mais sonhamos, onde tudo parece ser mais sincero, real, acessível e surpreendente.  Assim como o personagem da história, quando pequenos prestávamos muita atenção em tudo, mas tudo é também um motivo pra se distrair e com a imaginação, criar um mundo melhor com mais liberdade.
Lucas inventa um amigo imaginário, Talento ou Tamanco ou Tatá, enfrenta o mar agitado, tem uma cabana na floresta, mergulha até o fundo do mar, viaja numa nave espacial, come a maçã do sono profundo... Uma leitura muito boa, com imagens que rendem enormes conversas, com espaço para as crianças contarem suas viagens para outros mundos e falar de seus amigos imaginários.

“Não dava para espiar mais nada, para ver nada, nem na frente nem atrás. Só aquele breu profundo. Ele, de um lado. Do outro, o mundo.”

Lara Melo


quinta-feira, 17 de abril de 2014

"Vê é uma caixa"


Boa tarde, mediadores!

    Pensei a semana inteira sobre o que escrever no blog e acho que como de costume para aqueles que escrevem pela primeira vez fiquei na dúvida do que postar, se iam gostar ou não, se seria adequado ou não. A questão é que eu resolvi sugerir um livro que eu preferia fazê-lo depois de já ter contado pra poder acrescentar a minha experiência da contação, mas como não pensei em nada melhor, lá vai. 

    "Vê é uma caixa" é um livro que retrata uma criança que,  por ser fechada, é comparada a uma caixa pelos amiguinhos. Vê, depois de assumir o seu jeito e se conformar com a comparação feita,  começa a fazer muitas caixas de todas as formas e cores, e dá-las de presente a todos. E é assim que Vê descobre uma forma de demonstrar seus sentimentos mesmo sendo uma pessoa mais tímida. Até que certa vez resolve dar uma caixa vazia em formato de chave para uma vizinha muito brava dizendo que é para abrir seu coração. A mulher gosta tanto do gesto que resolve aprender a fazer caixas com Vê e abrir um curso chamado "Caixa das Emoções" e assim compartilhar a ideia de que nas caixas precisa-se colocar um pouco de seus sentimentos e daquilo que alegra suas vidas. 

    A ideia que eu tive junto com a mediadora Kayla, que me acompanha nas contações, é que podemos levar caixinhas pequenas pra cada criança e sugerir a elas que falem o que desejariam colocar ali, ou então, levar papéis para elas desenharem o que quiserem colocar nelas e depois presentearem seus amigos. Além disso, no início da contação pedir para que cada criança se compare com algum objeto e dizer o porque da comparação. Enfim, imagino várias dinâmicas que podem ser feitas a partir desse livro. Aceito mais sugestões! Se quiserem o livro emprestado algum dia é só entrar em contato.

Bom feriado a todos!
Lara Letícia


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Best Seller.


Hoje, em uma aula na universidade perguntaram quem havia lido pelo menos um livro desde o começo do ano, algumas pessoas levantaram a mão e quando indagados sobre o titulo revelaram que se tratava de livros best seller.

Foram repreendidos pelo autor da pergunta e ouvimos comentários como, essa linguagem não condiz com a academia, livros assim não podem ser considerados leitura, ou até mesmo, esses livros empobrecem nossos adolescentes.

Sinceramente, não entendo o problema em ser um livro da indústria cultura, afinal, esses livros são acessíveis e por seus temas bastante fantasiosos acabam por seduzir pessoas da educação básica e universitários, que cada vez menos tem o hábito de leitura.

EU ADORO LIVROS BEST SELLER, poder viajar em mundos mágicos com linguagem acessível para todas as idades e ainda me colocar naquelas situações em que, pelo menos 2/3 de seu público alvo queria viver, seja em forma de vampiros, lobisomens, anjos, demônios ou qualquer outra criatura fantasiosa que possa existir... Mas, se trata de fantasia?? Sinceramente, duvido cada vez mais sobre isso...



Kayla Maihery.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Missão de reconhecimento

Um casarão cheio de arco-íris? Cheio de meninas com arcos no cabelo? Cheio de arcos e flechas para caçar? Por que “casarão dos arcos”!?


No dia 1º de abril (ou, como os franceses diriam, no “peixe de abril!”), tive minha primeira missão de reconhecimento de alguns mundos novos e muito grandiosos, embora contidos em pessoas aparentemente tão pequeninas.
Fazia um calor incrível, como na história que vivíamos (ou talvez por causa dela!?), e durante os poucos minutos que passamos juntos, caminhamos por fazendas (que tinham vacas ou hipopótamos!?), rios perigosos com raias que comem alface, florestas (porque onde mais encontraríamos tantas árvores?) e estradas que mais pareciam serpentes da cor do sol quando está indo se deitar, depois de um dia duro de trabalho...

E, para nunca me esquecer dessa primeira viagem que fizemos juntos, ainda ganhei fotografias feitas pelos meus companheiros à mão, ali mesmo, na hora!

Por enquanto, missão de reconhecimento cumprida.

E o mistério do “casarão dos arcos” fica para a semana que vem...

Thomaz Offrede

terça-feira, 1 de abril de 2014

À Verdade (ou não)

Se o Pinóquio dissesse “Eu estou mentindo” o nariz dele cresceria?
Ráá!
Como nós nos preocupamos com a verdade. Não gostamos de verdades incompletas, não queremos verdades inconvenientes e rejeitamos verdades duras, mas nenhum desses sentimentos nos freia em buscar a verdade.

A verdade no âmbito acadêmico é uma espada de dois gumes. Todo cientista busca a verdade em forma de conhecimento, formula ou modelo, e muitas vezes a encontra. Ao mesmo tempo ele deve saber que poucas verdades permanecem em pé por muito tempo, assumir que a verdade é temporária no mundo acadêmico é vital para entender que o conhecimento se renova, e que muitas coisas deixam de existir para dar lugar a uma nova teoria.

Agora na leitura, o que é verdade? Como mediador já me perguntei e já fui perguntado do espaço da verdade nas estórias. Ano passado eu levei um álbum de figurinhas para que os estudantes desenhassem o restante das figurinhas e o álbum fosse terminado. O tema do álbum era de um filme que tinha como protagonistas o Papai Noel, Fada do Dente, Coelho da Páscoa, Morfeu e o Bixo Papão.
Primeira pergunta feita foi “você acredita em Papai Noel” e as respostas foram divergentes, “Sim”, “Não”, “Eu acredito no dinheiro”, etc. E eu o adulto do grupo com 22 anos de vida não sabia o que responder. Se respondesse sim, eu estaria mentido porque não acredito em nada disso, mas se fosse não, os garotos que acreditam pensariam o que? Nesse momento usei minha sabedoria e fiquei calado.

A discussão vai longe, só que eu acredito que os conceitos que foram mal usados. Em vez de confrontar a VERDADE versus MENTIRA, devia ser MENTIRA  versus IMAGINAÇÃO. E ai meu caro é uma discussão totalmente diferente. Mentira é a antítese da verdade, algo falso, que não é verdadeiro. Imaginação é um reino próprio onde o horizonte de possibilidade se expande para além do possível e é ai que a gente mais encontra crianças, e sabe por que crianças porque para os adultos igual a eu e você que acreditamos que o possível é verdadeiro e que pra lá disso é tudo mentira.
Não fui eu mãe, foi ele. (classico)


Como um cristão adventista eu lhes digo para buscar a verdade e censurar a mentira, mas nunca, jamais censurem a imaginação, a imaginação só deve crescer e expandir para todos os cantos do mundo. Imaginação não é mentira, é só a sua inteligência se divertindo. Então deixem o Primeiro de Abril acontecer meus amigos, deixem as pessoas serem imaginativas, e quem sabe a gente recupera aquele espirito de criança perdido a muito tempo.

Let it Go
 BoscoJoao xD