terça-feira, 29 de outubro de 2013

Semana Universitária

Adentrando nessa espirito de extensão, é com grande prazer que eu vos anuncio

(pausa dramática)


A mais grandiosa e espetacular, sencacional nunca antes vista no mundo

(rufem os tambores)


SEMANA UNIVERSITARIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA.

Especial pois os seus queridinhos da contação de livros estão a todo gás planejando a mais bad ass, espetacular e colossal oficina de contação de estorias.

Parada obrigatoria para todos os amantes dos bons livros, de estorias emocionantes e do prazer que é conta-las para outros.
confirme já sua presença e esteja conosco nessa mais que brilhante aventura.

Nos Dias:
Quarta feira, 06 de novembro, das 08:00 até as 12:00
e
Quinta feira, 07 de novembro das 12:00 ate as 14:00
no auditório do Instituto de Psicologia - IP na Ala Sul do ICC (minhocão)

Inscrição no site:
https://sistemas.unb.br/siex/publico/oferta_extensao_listagem.xhtml

Venha compartilhar experiencias conosco.
Nos queremos ouvir a sua estoria.

Equipe do Livros Abertos Aqui Todos, TODOS, Contam ;D

domingo, 27 de outubro de 2013

A Arte de Contar


Ler histórias para um pequeno público pode trazer algumas dificuldades, mas também prazeres inesperados, o negócio é saber lidar com as dificuldades  e encará-las sempre com bom humor de modo a aproveitar a contação, porém, para que isto aconteça, é necessário soltar-se e divertir-se com as possibilidades que a contação dialógica lhe apresenta.

De acordo com o psiquiatra austríaco Victor Frankel, estão em melhores condições físicas e psicológicas aqueles que tem mais humor e leveza, e trabalhar com crianças nos trás isso, essa troca, esses momentos que temos com elas são ao mesmo tempo mais livres e são também um momento de aprendizado, tanto pra elas quando para nós, que estamos contando. 

Na hora de escolher um livro é sempre importante lembrar que você não estará lendo somente para um corpo e sim para uma criança, um ser cheio de perguntas e capacidades e gostos individuais, assim como nós. Não devemos nunca subjugá-los e sim desafiá-los levando livros cada vez mais complexos e que exijam mais do pensar deles, isso é importante já que muitos ´´tem preguiça´´ de pensar, querem apenas ouvir uma história que não os tira da zona de conforto.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Projeto Turma Que Faz




Bom dia, boa tarde, boa noite! Dependendo do horário em que você esteja lendo esse post.
Em setembro, fiz uma viagem a um evento de cultura popular lá em Minas Gerais e conheci uma mulher muito bacana, que trabalha com danças folclóricas com as crianças lá de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros. Ela foi me contando do projeto e eu fiquei fascinada, depois ela me disse que quem coordenava esse projeto era uma senhora chamada Doroty Marques e o nome dele é  Turma que faz. Aí, lembrei que tinha comprado um CD deles no evento dos Povos do Cerrado que teve em Brasília. Na hora eu não lembrava o nome do álbum, mas disse que não tinha entendido muito bem o que eles estavam cantando - eu o tinha comprado por pensar que teriam histórias folclóricas cantadas, e tinham! Só que não em português, era em imaginês ou sentimentês! Ela me explicou que a proposta desse álbum foi criar uma nova linguagem, onde as crianças colocariam o que sente na música e inventariam palavras, sons, frases totalmente novas e desconhecidas da nossa língua como vocês podem ver no vídeo acima. Num outro vídeo, uma jornalista pergunta a umas cantadeiras o que elas iriam cantar, e elas dizem: não sei, a gente sente na ora e canta. Creio que essa frase resume a proposta do projeto.


Quem é a Turma que faz? É um projeto coordenado pela musicista Doroty Marques, que leva mensagens ecológicas e culturais às crianças da região de Alto Paraíso e São Jorge. . Essas crianças são selecionadas de acordo a participação nos anos anteriores trazendo os parentes mais próximos e dando preferência aqueles de família maior e mais carente. A “Turma que Faz” trabalha com modalidades de expressão, desenho, pintura, artesanato em papel, confecção de bonecos mamulengos e ainda na confecção de figurinos e outros objetos usados nas apresentações. Desde a construção do espaço até as vestimentas e os instrumentos tudo é feito pelos próprios alunos como mesas, cadeiras, instrumentos, fantasias, bonecos de arame, argila , papelão, tudo isso com reaproveitamento de elementos naturais.



Imagine se toda escola fosse assim? Priorizasse o que a criança sente, imagina e deseja? Incentivasse sua imaginação e construção... As crianças seriam livres! e consequentemente, os adultos também!




terça-feira, 22 de outubro de 2013



Solidão

"O que é mais assustador?
A ideia de extraterrestres em mundos estranhos,
ou a ideia de que, em todo este imenso universo,
nós estamos sozinhos? "
 (Carl Sagan)

 Esses dias eu estava vendo o filme O Contato, baseado no livro homônimo do astrofísico Carl Sagan. Resolvi parar para ler o livro também. O que mais me chamou a atenção foi a questão levantada sobre a solidão (tema abordado tanto no filme quanto no livro). O interessante sobre o tema levantado, é que o mesmo não focou na questão sobre a nossa possível solidão no espaço, mas sim sobre a nossa solidão existencial. Por que vivemos? Para onde vamos? Será que há algo mais após a nossa rápida passagem pela vida?

Fiquei pensando muito sobre isto, será por que fazemos o que fazemos? Será que pensamos realmente no porque das nossas ações? Ou simplesmente acordamos e ligamos o piloto automático e partimos para nosso cotidiano? Eu sinceramente não sei responder estas questões, talvez você que está lendo este texto possa se perguntar e ter uma resposta concreta ou talvez fique perdido como eu.

Também tem outra coisa, criticamos de maneira tão negativa a solidão, mas ela faz parte da nossa existência: nós nascemos sozinhos, nos deparamos com os desafios do mundo sozinhos e por fim, morremos sozinhos! Ela sempre estará conosco, por mais que a evitemos.

Este texto não tem o objetivo de ser pessimista, mas de trazer uma reflexão sobre as nossas ações e o porque delas. Porque para existirmos nós precisamos ser, e na maioria das vezes não sabemos o que realmente somos.




Márcio Alves.

sábado, 19 de outubro de 2013

Reflexão sobre a prática da leitura dialógica

                                                                                                            Da paginação
(Mário Quintana)

“Os livros de poemas devem ter margens largas e muitas páginas em branco e suficientes claros nas páginas impressas, para que as crianças possam enchê-los de desenhos – gatos, homens, aviões, casas, chaminés, árvores, luas, pontes, automóveis, cachorros, cavalos, bois, tranças, estrelas – que passarão também a fazer parte dos poemas...”

Este poema do Mário Quintana exemplifica, lindamente, o que é a leitura dialógica, pois é exatamente isso o que fazemos: enchemos as narrativas de “buracos”, para que as crianças os preencham com suas próprias impressões e experiências. No fim, o que elas guardam da sessão de leitura é justamente a síntese do que elas ouviram (do livro e das/os colegas) relacionado ao que já vivenciaram ao longo de suas vidas.

Pelas publicações das/os minhas/meus colegas no blog, dá pra perceber claramente o quanto as crianças tem se envolvido cada vez mais nas leituras compartilhadas, mas também, se trocar uma ideia com alguém depois de ler aquele livro maravilhoso já é super empolgante, imagina fazer isso enquanto ainda estamos lendo tal livro??? Eu me amarro e, garanto, as crianças também. Então pra quem tá chegando agora no blog do Livros Abertos e não está entendendo nada sobre essa tal de LEITURA DIALÓGICA, resolvi repassar algumas dicas de como praticá-la:

  1. O óbvio: Se você quer compartilhar a leitura de um livro, é importante que você goste dele, para que assim consiga envolver as outras pessoas na leitura;
  2. Se a leitura é dialógica, você não tem que se incomodar com as intervenções das/os ouvintes, pelo contrário, deve estimulá-las e desenvolvê-las, principalmente com crianças e como fazer isso? Comece com perguntas objetivas: o que; quem; onde ou peça a opinião; como elas resolveriam tal problema; como elas se sentiriam no lugar da personagem; se já passaram por aquilo, etc;
  3. Olhe de novo para as ilustrações, acho que você deixou passar alguma coisa, não? Muitas vezes as ilustrações contém informações importantes e que não estão no texto, encontre-a e ao final da leitura tudo fará mais sentido;
  4. O que fazer quando terminar de ler? Bom, se a leitura rendeu, isto é, as crianças se expressaram, criticaram a história, perguntaram, conheceram palavras/lugares/pessoas/coisas novas e pediram para ouvir mais histórias, então o que mais você quer delas? Deixe que se expressem como quiserem, mesmo que elas queiram sair correndo dali. 

É isso mesmo, não cobre nada e nem tente medir “o quanto que entenderam da história”, afinal cada um tem um tempo e um jeito de refletir sobre o que ouviram e como que elas vão pôr, tudo o que passou por suas cabeças, no papel? Acho que teriam um trabalhinho para garimparem da imaginação o que poderia caber em algumas linhas, só pra satisfazer o interesse de outra pessoa, pois pra elas a rodada de leitura já é o bastante e os frutos disso elas vão colhendo no dia-dia, ao repetirem as palavras que aprenderam ou citarem a história quando ouvir algo que a lembrasse. 



Pra mim “leitura dialógica” também era uma novidade, e foi na prática, experimentando no dia-dia junto aos pequenos da Escola Classe 415 Norte, que me rendi a esta forma incrível, mas nem tão conhecida de ler e ouvir estórias. 


Raíssa Dourado


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Livros. Por que amá-los?

Para quem gosta de ler um livro é o paraíso,
e não tem nada melhor do que aqueles que você não consegue parar de ler, já aconteceu comigo de começar a ler um livro às vinte e duas horas da noite e só parar às duas e meia da madrugada, de tão bom que o livro era.
É bom quando você mergulha na história e esquece do mundo aqui fora, e é melhor ainda quando você encontra alguém que já leu ou que está lendo também, é o máximo ficar discutindo a história ou os personagens, e para aqueles que são viciados (como eu!) dá até uma dorzinha quando um livro está terminando. Costumo ficar muito tempo procurando livros na biblioteca, não que lá não tenha nenhum que me agrade, mas é porque eu adoro procurar livros, já fiquei mais de uma hora só procurando sem me decidir qual levar, eu acho legal  procurar, pois conheço muitos livros e levo aquele que realmente me conquista, seja pela capa, pelo resumo ou pelo título. Eu me orgulho de dizer: já perdi as contas de quantos livros já li, e ainda pretendo ler mais. Muitas vezes eu me enxergo nos livros, e sinto o que o personagem sente, e passo pelo ele ou ela passa, e quero o que ele ou ela quer, e nesse momento livro e leitora se fundem em um só universo.
      Eu costumo ler de tudo, mas tenho uma quedinha a mais por contos de terror, sempre me delicio sentindo aquele suspense e aquele medo que só a nossa imaginação é capaz de produzir. Romances policiais também me intrigam e conseguem me prender, tem um do qual sempre me recordo chama-se ``O Aliciador`` de Donato Carrisi, é  do tipo fascinante de tirar o fôlego, pois além do suspense tem muito mistério e isso deixa o livro sensacional.
 
Livros são uma paixão, um vício e quem começa a ler não para nunca mais, eles são ótimos pra te tirar da realidade ou pra te colocar dentro dela, eles te dão foco, fazem você sonhar, viajar, realizar coisas que na realidade talvez você não faria.
Sem dúvida, livros são uma das melhores criações já feitas pela humanidade. Eu confesso tenho vontade de escrever um livro, só me falta disposição, mas quem sabe algum dia, e até lá eu  não paro de ler, afinal sou uma apaixonada por livros e, recomendo para quem não tem o hábito de ler, experimentem um e eu garanto vocês nunca mais vão querer parar. Quando leio, o mundo à minha volta perde o foco, e me teletransporto para minha imaginação. E nesse lugar tão especial, eu me divirto, choro (de verdade até molha a página), me apaixono, me revolto, brigo, mato de amor, de dor, enfim sou e eu em meus outros mundos.









Sara Meneses.

sábado, 5 de outubro de 2013

Morte? É isso mesmo?





     
     E é bom falar da morte com as crianças? Bom... a morte é um tema que não temos muito costume de tratar, mas há bons livros para pensarmos e falarmos um pouco sobre. Resolvi então fazer uma mediação com esse tema e o livro escolhido foi: “O guarda-chuva do vovô”.

     Esse é um livro muito sutil e sensível para trabalhar esse tema. O livro conta a história de uma menina que sempre visitava a casa dos avós quando, de repente, em uma de suas visitas, o avô “não estava mais em casa”. 
     
     Foi muito interessante que nos diferentes grupos em que contei, ocorreram diferentes reações. O livro não revela explicitamente a morte do avô da personagem principal. No fim, essa é uma conclusão que pode ser inferida do texto. As crianças pareciam muito curiosas para entender logo o que estava acontecendo durante a história. Algumas crianças suspeitaram rápido da possível morte do personagem da história; outros achavam que ele era apenas mal humorado e que não gostava de sair do seu quarto; ou ainda perguntavam o porquê do avô não estar mais em casa quando a neta foi visitá-lo. 
    
     O que parecia era que eles já iam descobrindo, cada um a seu tempo, o que havia ocorrido, mesmo sem ter sido explicitamente falado. Ao final do livro, eles perguntaram muito se o avô havia realmente morrido. Eu perguntei para eles o que eles realmente achavam. A maioria confirmou a suspeita: "É, eu acho que ele morreu sim!".


     É bom refletirmos uma questão central da história: a falta de informações da menina com relação à situação de seu avô (primeiro, a doença, e a posterior morte). Esse livro traz uma situação bem curiosa, pois as crianças que o ouvem ficam na mesma situação que a personagem principal: sem informações para concluírem o que de fato ocorreu com o avô. Entretanto, no final do livro, a personagem dá a entender que “fica feliz com os dias de chuva, pois sabe que o avô também está”, ou seja, ela sabe que o avô morreu de fato. Assim como as crianças, que pelas perguntas, entendiam que o personagem do livro havia morrido. O que me questiono então é: por que temos tanto medo de tratar esse assunto com as crianças já que elas sabem o que está acontecendo?

     Notei que esse, apesar de ser um grande tabu, é um tema que as crianças parecem lidar bem. Quem sabe, até melhor que nós que supostamente “sabemos” o que é a morte. E afinal: quem realmente sabe o que fazer diante desse assunto? As crianças algumas vezes me surpreenderam com a súbita pergunta que chegava com um tom totalmente imparcial “Ele morreu?”. Confesso que eu não sei mais usar esse tom em situações como essas. Sinto que vamos perdendo a naturalidade de tratar esse tema com o tempo. Como se querer saber sobre a morte fosse um assunto que deve ser tirado de pauta, ou que devêssemos ter vergonha de perguntar sobre ela em “momentos inapropriados”. A morte vira uma grande bolha que não deve ser tocada. E o mais interessante é que, todos sabem que as bolhas, alguma hora, querendo ou não, vão estourar.




Laís Melo.



terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ser e não Ler, Ler e não Ser.

A vida é um livro, ou pelo menos foi o que eu escrevi na ultima vez que eu falei com vocês, se a gente concorda com isso, responde ai então: o que você anda lendo?

O que voce anda comendo?
Nós somos os seres e fazemos as coisas que os que existem fazem, comer, beber, andar, falar parece meio filosófico, mas não é, por que assim como todas essas atividades são básicas para nossa existência saber ler também é. Não to falando só sobre ler livro, que nem é obrigatório você ser um comedor de livros e amante de literatura, mas ler o mundo que você habita, e isso sim é obrigatório fazer.


O que voce anda ouvindo?


Sabe aquele amigo que aparece que nem mendigo na sua festa de gala? Ele não soube ler o momento, e quando você solta uma como “O bebê nasce quando?” não soube ler a moça gordinha que você acaba de ofender e que agora vai comer um pote de sorvete inteiro deprimida com esse comentário.

Eu conto estórias como vocês já sabem e isso me da à oportunidade e obrigação de ler, ler e reproduzir essa leitura de forma dialógica para crianças e esse trabalho te surpreende de muitas formas que o que você menos imagina, é o que acontece porque se você não sabe fica a alerta, criança lê tudo, lê livro, lê professor, seus pais, seus preconceitos, suas ideias, seus sonhos as coisas que elas assistem na TV, pois elas absorveram informações, elas “leram” essas informações e agora colocam em pratica o que aprenderam. E você pode não gostar do resultado.
Ta lendo o mundo?

Cada dia que passa você tem que saber ler, ler tudo, ler pessoas, ler momentos, ler o mundo que é uma grande enciclopédia e, por favor, FILTRAR a informação, pois existe alguém lendo o que você faz o que você é, e quem sabe essa pessoa seja seu filho, primo, sobrinho, que ta lendo o palavrão que você fala quando assiste ao jogo e quando você fura a fila no banco, que le você quando troca a etiqueta dos produtos,etc.


Você é sua própria biografia, revisada e atualizada todo ano e se alguém pegar a sua vida pra ler, o que será que ela vai encontrar???

O que voce vive escrevendo?
BoscoJoao =D