Sobre mentiras e fábulas
Aconteceu algo interessante durante uma mediação de leitura com alunos do quinto ano, que contarei para vocês. Eu estava lendo um livro sobre as aventuras de Marco Polo, antes de começar a leitura deste livro, eu falei um pouco de quem foi Marco Polo: disse que ele realmente existiu, que viajou muito pelo mundo e que nesse livro iríamos conhecer um pouco das suas aventuras nessas viagens. Até que em uma das leituras na qual Marco Polo viajava, ele encontrou um gigante de um olho só! As crianças na hora perguntaram se aquilo era verdade, se ele realmente tinha existido? Se eu havia mentido pra elas. Uma das próprias crianças respondeu algo nesse sentido: que ele não tinha encontrado mesmo um gigante, já que eles de fato não existem, mas aquela história era a forma como ele viu as coisas, a forma como ele quis representá-las. Concordei e completei dizendo algo no sentido de que a gente pode dizer as coisas de várias formas. Fiquei bastante surpreso com a resposta. Marco Polo realmente viveu grandes aventuras e eu mesmo tinha achado estranho essa mistura de fatos e fábulas. O que acham? O que a resposta dessa criança diz a vocês? Como vocês encaram as mentiras na vida de vocês?
Um comentário:
Imaginar não é mentir. Mas a mentira faz parte das relações sociais, as pessoas mentem o tempo todo, a mentira faz parte da vida e tem que ser encarada com naturalidade. Ótimo texto, parabéns!!
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