Peço licença para compartilhar minhas impressões. Preparem os sapatos de prata para não perder seu caminho. Hoje é o dia de O mágico de Oz.
Escrito pelo L. Frank Baum em 1900, este é um livro que marcou gerações e marcou profundamente memórias. O mágico de Oz é o primeiro de uma série de 14 livros, uma obra icônica. Mais do que um clássico, ou um conto de fadas, esta história é um símbolo consolidado da cultura pop. Desde seu lançamento, foi adaptado diversas vezes para o cinema. Além disso, encontram-se com facilidade diversas referências ao universo e aos personagens de Oz em diversas outras obras.
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Muitos já conhecem essa história e podem estar se perguntando se vale a pena ler o livro e qual a graça que você poderia encontrar na leitura do deste livro. E parafraseando Lisbela - e uma pá de outras pessoas por aí - a graça não está em saber o que acontece... mas como acontece e quando acontece.
O que mais me encanta na escrita de Baum é jeito de criar imagens. Muitas vezes, o estado afetivo de um personagem se confunde ou se propaga para o que está ao seu redor. Assim, o humor de tia Em é acinzentado assim como suas roupas, sua casa, sua pele e seus olhos. "[...] ela também foi modificada pelo sol e pelo vento, que apagaram a centelha que existiam em seus olhos [...] Desbotaram o rubor das suas faces e dos seus lábios, que também ficaram cinzas. Era magra e seca, e não sorria mais". Em Oz, o acinzentado da vida dura e infértil que Dorothy conhecia no Kansas se colore. A terra de Oz brilha em cores vivas. o caminho de tijolos amarelos leva à cidade de Esmeralda, onde as cores das flores são intensas e hipnóticas, os frutos grandes e suculentos.
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Os desafios que Dorothy e seus amigos enfrentam vêm sob medida para testar sua persistência, sua coragem, sua empatia e sua inteligência. O que nos faz pensar que, às vezes, são os desafios da vida que nos permitem nos confrontarmos com nossas maiores qualidades.
É interessante ver como a relação entre os personagens vai se desenvolvendo e se intensificando - alguns podem se chocar com a facilidade de alguns dos companheiros de viagem deixar para trás alguém que se atrapalha para remar ou que dorme no jardim de papoulas (capítulo O campo das papoulas da morte). Mas se despedir de alguém vai se tornando mais difícil conforme vamos conhecendo melhor os personagens. Ao longo de suas aventuras, eles vão descobrindo que há uma diferença entre fazer uma jornada com outras pessoas e fazer uma jornada juntos.
Nossa convite de hoje é: leiam este conto moderno e compartilhem conosco o que vocês acharam de mais bonito nessa obra ;D
Ficha técnica
O mágico de Oz
Escritor: L. Frank Baum
Ilustrador: W. W. Denslow
Tradutor: Sergio Flaksman
Editora: Zahar
Ano de edição: 2013
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