Já tem um tempo que venho recebendo reclamações de leitoras (minhas irmãs), de que há determinados livros que possuem introduções muito longas. Por tal fato, elas sentem-se no direito de abandoná-los. Eu como leitora já insisti, reclamei e argumentei, pois sei que o problemas não é com os livros, mas com elas!
Veja bem, os livros envolvidos já foram lidos por mim, e eu as encorajei a lê-los. No entanto, venho recebendo muitas reclamações, por exemplo, ``A introdução desse livro é muito longa, parece que nunca chegará ao clímax da história, que livro chato!`` Eis o problema, o livro logo é classificado como chato, só por ter uma introdução longa.
Quando leio um livro e percebo que sua introdução já passou de duzentas páginas, procuro ver se é relevante, por exemplo, verifico quantas páginas ele tem, pois para mim ter mais de duzentas páginas de introdução é aceitável caso o livro tenha umas quinhentas páginas.Outro argumento a ser levado em conta é a importância dessa introdução, se está demasiada longa, o autor sem dúvidas, a fez de propósito. Nenhum escritor(a) gostaria de ter seu livro classificado como chato e abandonado, apenas por ter uma longa introdução. O que nos leva a perceber que se avançarmos na leitura, essa longa introdução logo ganhará sentido, afinal introduções são de profunda importância nos textos justamente para apresentar a história ao leitor, por tanto, é necessário ter paciência.
Cada escritor(a) possui sua própria linguagem e velocidade para avançar na trama de uma história, saber distinguir e aceitar essa diferença é tarefa exclusiva do leitor(a). Assim como os livros possuem essa linguagem diferente (entenda linguagem como característica singular de escrita), cada leitor(a) também interpretará um livro de maneira diferente. Às vezes dar um chance para a introdução longa significa descobrir uma história cativante ou não, outras vezes, por mais chances que tenhamos dado um livro ele não nos cativa. Nesses casos, cabe novamente ao leitor(a) escolher se continua ou se desiste do livro. A dica que sugiro já me ajudou muitas vezes a descobrir histórias fascinantes, paciência é uma virtude, sem dúvidas ajuda não só na leitura, como na vida.
Eis um dos culpados da situação:
PS: Saboreie seu livro, leia cada página conversando com ela, faça antecipações, indagações, sugestões, enfim pratique leitura dialógica consigo mesmo, faz bem pra saúde!
Sara Meneses.
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