Texto e ilustrações: Oliver Jeffers
O ano letivo de 2014
para o projeto livros abertos começa hoje. Isso me fez refletir sobre 2013,
relembrar cada livro, cada contação e tudo que já temos passado até agora. Então
vim compartilhar uma de minhas mediações que foi bem especial.
As crianças que faço mediação
tem entre 9 a 11 anos, não é qualquer
livro que prende a atenção delas...
Escolhi o “Como pegar
uma estrela” porque achei linda a mensagem que ele passava, além de ter uma
grande paixão por tudo que vem do céu e logo de cara já tive uma afinidade com
o livro.
É a
história de um menino que adorava as
estrelas. Ele possuía um grande sonho de
ter uma estrela só para ele, ao decorrer do livro ele faz vários planos pra
alcança-la, porém, não era tão fácil assim como ele imaginava...
O livro é
curto, e a grande questão da contação era: O que levo para despertar a
curiosidade deles? Foi aí que tive a ideia de levar uma estrela para eles, mas
não era qualquer estrela, era a estrela do livro!
“Era uma vez, um
menino... Um menino que adorava as estrelas.
Todas as noites, ele
passava horas na janela de seu quarto, observando as estrelas. O que mais
queria era ter uma só para ele.”
Todos ouviam atentos e
descreviam cada parte das ilustrações.
“Então o menino ia
tentar pegar uma estrela. Achou que acordar bem cedo, pela manhã, seria o
melhor, pois, a essa hora a estrela ia estar cansada de ficar brilhando no céu
a noite inteira.”
- Tia, mas as estrelas não se cansam de brilhar! Quando elas não estão brilhando para nós, estão
brilhando no Japão, não é verdade?
Achei aquela
intervenção “brilhante”!
Uma das crianças não
entendeu o porquê enquanto a estrela brilhava no Japão não brilhava aqui, e propus
para que as outras crianças explicassem. Entramos em uma aula mágica de espaço
e astros conduzida pelas crianças, com um pouco de minha ajuda e todos
entenderam que as estrelas brilhavam a cada momento em um lugar.
Assim continuamos com o livro...
Com várias tentativas
que não deram certo, o menino triste foi caminhar na praia.
“E ele observou e
esperou... E, como tinha imaginado, a estrela foi dar na praia, sobre a areia
brilhante e dourada. O menino tinha conseguido uma estrela. Uma estrela só para
ele."
Ao final eles notaram
que a estrela não tinha caído do céu como fala no livro e logo afirmaram: “Tia,
isso aí é uma estrela-do-mar!” E de fato, era.
Eles ficaram tão
empolgados com as ilustrações e em comparar uma estrela com a outra ( para
falar a verdade eu nem tinha notado que havia diferença), que até esqueceram da
caixa. Mas um espertinho lembrou: Ei tia, mas e o que tem na caixa? Abri com
cuidado e lá estava a estrela-do-mar.
Um comentário:
Relendo. .. linda mediação de uma obra maravilhosa!
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