Entrei no projeto “Livros Abertos – Aqui Todos Contam” esse
ano, minha parceira de mediação, Emily Wanzeller, também. Tudo foi novidade, já
que fomos designadas para atuar na turma do 1º período (3 e 4 anos). É a
turminha mais nova da instituição, entraram esse ano e quando iniciamos as
atividades, alguns ainda não estavam 100% adaptados à vida escolar. A
professora, Terlúsia Albuquerque, a tia Têtê, apesar de experiente, também não
conhecia o projeto, pois depois de muito tempo atuando em coordenação, escolheu
retornar à sala de aula, perto de sua aposentadoria.
Apesar desse cenário desconhecido, tivemos uma recepção e
espaço de atuação muito abertos (ainda bem, já que temos relatos de professores
que dificultam o trabalho de mediação), decidimos fazer algo diferente que
também envolvesse diretamente a tia Têtê.
Após conhecermos a obra “Para que serve um livro?”, através
da mediação de Sara Meneses em uma de nossas reuniões semanais, decidimos que
seria um bom livro para colocarmos em prática nossa ideia.
Nosso planejamento consistiu em fazer uma grande leitura
dialógica, dessa vez na sala de aula.
O 1º período conta com 24 crianças, temos consciência de que
o número recomendado para esse tipo de leitura é bem inferior, mas por conhecermos
a dinâmica da turma e a relação dela com a professora, concluímos que seria possível
realizarmos tal atividade.
Com o auxílio do projetor, todos puderam visualizar as
páginas da estória no quadro e ao mesmo tempo em que direcionávamos a leitura,
também usávamos os livros físicos, caso alguma criança se interessasse em observar mais de pertinho.
A atividade durou certa de 1 hora e apesar do tempo parecer
extenso, foi extremamente produtiva. As crianças não se privaram de participar
pela presença da professora e se comportaram nesse contexto de modo semelhante
ao que acontece quando mediamos em outras condições. É claro que em um ou outro
momento, alguns aluninhos ficaram um pouco dispersos e mais agitados (aí contávamos com a ajuda
da professora que é mestre em fazer os alunos retomarem o foco, cantando suas
musiquinhas adaptadas para qualquer situação).
Ao final do livro (SPOILER) é proposta a seguinte atividade:
Nesse momento, a tia Têtê entrou em ação e começou a
perguntar às crianças o era necessário para se fazer um livro.
As respostas se
aproximaram do mundo concreto e foram: lápis, borracha, tinta, tesoura,
cola... até que uma colega disse “imaginação”.
Finalizamos esse dia com o projeto de fazermos nosso próprio
livro, cada criança falou o tema da história que queria, ouvimos sugestões de
princesas, super-heróis, carros, entre outros, até que Emily incentivou a
criação de um tema que todos gostassem e se aproximassem das experiências cotidianas
dos meninos e meninas dessa sala.
E qual é um dos lugares preferidos da escola para essas
crianças e para tantas outras de todos os lugares?
O parquinho, é claro!
Já começamos a atividade de criação do livro, mas isso é
assunto para uma próxima postagem! (;
Título: Para que serve um livro?
Autora: Chloé Legeay
Ilustradora: Chloé Legeay
Tradutora:Márcia Leite
Editora: Pulo do Gato
Ingrid Ramalho.
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