No último dia do semestre
decidimos fazer uma avaliação das mediações. Então eu e minha colega Angélica
pensamos em deixar as crianças criarem histórias. Uma história sobre a melhor
contação do semestre. Uma história sobre a pior contação e uma história sobre a
melhor contação possível. Já adianto que a pior contação não teve história,
elas apenas falaram os livros que não tinha gostado. Já em relação a melhor contação
e a melhor possível contação as crianças soltaram a imaginação. Assim dividimos a turma do 2º ano C em três grupos, um conduzido por mim, outro pela Angélica e o último por nós duas.
Era uma vez uma tia
chamada Sara, ela tinha 43 anos, ela contava histórias, mas ela tinha um
segredo. Ela era feiticeira. Um dia ela fez uma poção para que o livro fosse
bom, o nome do livro era “O Papão”. A feiticeira Sara transformou esse livro no
livro “Folha”, pois era bom também. A história era sobre as crianças que criavam
histórias. A feiticeira descobriu que o livro do Papão era de sua mãe falecida,
quando Sara tinha três anos. O livro contava sobre uma avó que fez pão de mel
para as netas, mas o papão comeu os pães e as netas. Esse livro tinha emoção,
luta e terror, mas foi a magia da feiticeira Sara que fez essa ser a melhor
contação e também a fez rejuvenescer. Ela ria e deixava as crianças brincarem.
E assim, Sara a feiticeira ruim virou a melhor contadora do reino de Brasília.
Ainda assim, a voz da feiticeira Sara era assustadora, as crianças ficavam com
medo, isso não era bom, mas para a contação era bom e fim.
Por Olga, Juliana, Luciana, Ohana e Sara.
A história do menino.
Era uma vez cinco
crianças na pizzaria, havia uma menina com um urso, ela estava com a mãe, e
havia uma mulher contando histórias. Os meninos saíram e levaram um livro sobre
a Minie. Assim que saíram todas as crianças morreram.
A melhor contação
seria pulando de paraquedas, a contadora e as crianças, mas o paraquedas
furou e no chão havia uma almofada. Foi ai que Moisés tirou sua camiseta e com
uma cola que estava em seu bolso colou o buraco do paraquedas e salvou a todos.
Assim todos caíram uns em cima dos outros, foi nesse momento que apareceu um
gato e dormiu sobre eles.
Por Ian e Moisés.
O Palhaço, uma história de terror.
Havia uma menina
escondida no porão do parque com um palhaço. Ela tinha que fugir, mas o palhaço
estava atrás da porta. O homem das câmeras fugiu, pois o palhaço o perseguia,
foi ele que espalhou bombas por todas as casas, acionou-as e fugiu, pois eram
18 horas e o sol estava a se pôr.
As histórias acima configuram uma
tentativa de avaliar as contações, pois mesmo que ao fim da contação sempre
perguntamos as crianças o que elas acharam da mediação, muito nos escapa. Eu mesma não
sabia que o livro do “O Papão” havia agradado tanto, que algumas crianças até o
pegaram emprestado na biblioteca da escola para ler em casa. Daí a importância
de sabermos a opinião das crianças sobre o nosso trabalho, pois nós as
influenciamos. Assim o que fica dessa experiência é a necessidade de darmos as
crianças um espaço para que aja crítica também sobre as nossas mediações. Somente a
insistência na prática da avaliação das mediações possibilitará a criação de
espaços que podem ser melhorados na Leitura dialógica.
Ficha:
"O Papão"
Autor: Pablo Albo
Editora OQO Editora
"Folha"
Autor: Stephen Michael King
Editora: BrinqueBook
por Sara Meneses.
Ficha:
"O Papão"
Autor: Pablo Albo
Editora OQO Editora
"Folha"
Autor: Stephen Michael King
Editora: BrinqueBook
por Sara Meneses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário