segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Diário do contador: Isabella Brandão


Em meu encontro com as crianças hoje (faço mediação de leitura com uma turma de 2º ano), levei um livro que me encantou bastante pelo seu formato. Era “O menino, o cachorro” ou “O cachorro, o menino”, de Simone Bibian, com ilustrações de Mariana Massarani. O livro foi feito de forma que pode ser lido partindo tanto da capa da frente, quanto da capa de trás, e conta a história de um menino que queria muito ter um cachorro e de um cachorro que queria muito um menino, sendo que as histórias se encontram exatamente no meio do livro. Os dois (menino e cachorro) fazem parte da mesma história, que na verdade é contada a partir de duas perspectivas – uma em que o personagem principal é o cachorro e outra em que o personagem principal é o menino.
As crianças se interessaram inicialmente pela capa, que é bastante colorida, cheia de ilustrações “-Tia, que livro lindo!”. Quando propus a eles que escolhessem por qual dos lados gostariam de começar, imediatamente ficaram curiosos sobre a forma como a história seria contada. Quando chegávamos ao fim (ao meio), iniciávamos a história pelo outro lado e rapidamente eles começavam a opinar sobre o que aconteceria adiante. Além de despertar a curiosidade dos pequenos, as ricas ilustrações proporcionaram vários momentos de partilha de experiências em que eles contaram sobre seus animais de estimação, sobre seus desejos, saudade que sentiam de amigos, pontos abordados ao longo da narrativa. A história é sensível e encantadora e permite um rico diálogo, interação com as imagens, além de ser muito criativo. Ótima dica para uma leitura fora do convencional!


Um comentário:

Eileen disse...

Eu também gosto muito desse livro! Acho ele extremamente bem-bolado e ao mesmo tempo singelo. Especialmente bom para a leitura dialógica, pois as possibilidades que se abrem com as duas histórias dão pano para manga! Gosto muito também que a criança é levada a ver uma narrativa desde dois pontos de vista diferentes, mostrando como a mesma história, dependendo de quem a vive e de quem a conta, fica diferente!