Olá!
Hoje vim aqui para
mostrar um pouco de como a leitura dialógica pode ir muito além do que
imaginamos. Quem lê, viaja!
Antes, vou me
apresentar. Sou estudante de Geografia, já estou quase no fim do meu curso e
faço parte do projeto há 1 ano e meio. Desde que entrei estou com a mesma
turminha, na qual eu sou completamente apaixonada. Eles já são grandinhos, tem
de 10 a 12 anos, e nesse tempo que estou com eles senti o quanto eles tinham
dificuldade de imaginar o lugar desconhecido. Então, resolvi envolver a
geografia na leitura dialógica e propus à eles uma viagem. Estamos arrumando
nossas malas para viajarmos com os livros pela América do Sul nesse segundo
semestre que se inicia!
Vou tentar explicar um
pouco aqui para vocês a parte conceitual da geografia e prometo depois postar a
nossa viagem na prática como estará sendo!
Bom, partirei de dois
conceitos simples: Lugar e Não-lugar.
Para falar de lugar, é preciso refletir sobre as
consciências individuais relacionadas a cada localidade que possui
características próprias que, em conjunto, conferem ao lugar uma identidade
própria e cada indivíduo que convive com o lugar, com ele se identifica. O
conceito de lugar faz referência a uma realidade de escala local ou
regional e pode estar associado a cada indivíduo ou grupo. O lugar pode ser
entendido como a parte do espaço geográfico efetivamente apropriada para a
vida, área onde se desenvolvem as atividades cotidianas ligadas à sobrevivência
e às diversas relações estabelecidas pelos homens.
Se um lugar pode
se definir como “indenitário”, relacional e histórico, um espaço de transição
que não há identidade pode se definir como um não-lugar. Assim sendo, não-lugar
é todo o lugar considerado vazio de identidade histórica, vivencial,
cultural e resulta da perda da relação afetiva entre o indivíduo, bem como uma
comunidade, com o espaço. O não-lugar não cria uma identidade singular,
não é relacional, e é um espaço simultaneamente de solidão e semelhança.
Sabendo isso agora, posso falar à
vocês que vou tirar as crianças do Lugar delas (a escola) e levarei para os
Não-Lugares (Todos os países que iremos) através dos livros, de lendas e
fábulas locais.
Nesse
primeiro semestre de 2014 preparamos nossa viagem: Montamos nosso roteiro, identificamos no mapa por onde vamos passar, construímos nossos meios de transportes e arrumamos nossas malas.
Ok,
agora pé na estrada imaginária e logo volto aqui para dizer como está sendo
nossa divertida viagem. Não se preocupem se eu demorar a postar, é que vida de
viajante é assim mesmo!
Até breve!
Por: Andressa
Priscilla.
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