sábado, 5 de novembro de 2011

Diário do contador por Malu Engel

  
        

         Devido a problemas com bagunça excessiva sofridos na semana passada, resolvi mudar um pouco minha dinâmica de contação. Assim que adentrei na sala, sugeri para os meninos que refizéssemos os grupos de leitura e que eles mesmos escolhessem os integrantes, dessa vez. Claro que ficaram animadíssimos, e dividiram-se em 3 grupos de 4 membros cada um. Pronto. Hora da contação! E lá fomos nós, em busca de algum lugar vazio para se acomodar, posto que naquele dia a escola estava disputadíssima; a dizer, todos os habituais lugares, biblioteca, sala de apoio e pátio, encontravam-se ocupados. Conseguimos então uma espremida e abafada sala de reuniões, que mesmo não sendo o melhor dos espaços, era ao menos silenciosa. 
         Fora o calor, o resto da tarde seguiu tranquilamente e eu senti um envolvimento maior por parte dos meninos. De um modo geral, percebo que estão bem acompanhando a história e demonstrando bastante interesse pela continuação - todo fim de leitura estou rodeada de curiosos querendo saber o que acontecerá nos próximos capítulos, ou melhor, dias, já que estamos fazendo a leitura de um diário. Enfim, foi isso! Me perguntando quais serão as aventuras da próxima semana...

2 comentários:

All you need is blog... disse...

Alguns deles têm diários também? Outro dia uma aluna minha estava apresentando um seminário sobre "A Bolsa Amarela" de Lygia Bojunga e surgiu essa questão da privacidade - a menina da história não tem nenhuma e reclama bastante disso. Várias crianças me contaram que começaram a escrever diários mas pararam porque a mãe pegava para ler... Pena, né? A criança tem aqueleperde aquele impulso para se expressar porque o adulto não respeita sua individualidade...
Alguns igualam ao blog, mas é diferente, né? O blog é para os outros... Acho que a oportunidade de elaborar questões pessoais sem a pré-censura do potencial olhar do outro se perde, né?

Malu Engel disse...

Verdade. Quando comecei a ler esse livro, perguntei pra eles se tinham diário e pouquíssimos disseram que sim. A maioria respondeu logo que não, e a impressão que tive era que achavam que escrever coisas íntimas era algo bobo, motivo de chacota. Quem sabe ao final do livro eles já tenham uma visão um pouco diferente...