O coração bate mais rápido, você sente um suor escorrendo
pela testa, todos os nervos estão tencionados, um tremor percorre pela sua
espinha, o seu corpo se contorce de espasmos no qual você não tem domínio
nenhum e um misto de emoções jorram pelo seu cérebro e não existe nada que você possa fazer a
respeito.
Todos esses sintomas são típicos de um esporte radical ou
mesmo uma doença, mas não aqui, pois acreditem ou não eu já experimentei todas
essas emoções em uma pacata atividade. A leitura. Mas isso não vem de graça.
Existem diversos tipos de leitura, e tão vasto quanto os
tipos de livros são vastos as pessoas que se interessam por eles. Auto ajuda,
Quadrinhos, Infanto Juvenil, Romances,
etc. e não é o objetivo deste que vos
escreve dizer se um gênero é melhor do que eu outro, mas eu os encorajo a
buscar aqueles que você gosta.
Ler os livros que você se identifica, e não ler qualquer
coisa, pois a vida necessita de critérios e quando você aprende a usa-los na
leitura, aquela livraria toda se torna em uma seção e essa seção um livro
apenas e toda a sua busca valeu a pena quando você descobre que o livro esta
falando a sua língua.
Leitura é algo pessoal e bastante íntimo, diferente de todas
as outras, pois é única. Nenhum vídeo game ou realidade virtual pode superar a
capacidade imaginativa. Não por que jogos e filmes não são capazes de nos transmitir imagens, mas é que a imaginação é
uma percepção pessoal e a realidade que construímos na nossa mente depois de
uma leitura é única, por isso diferenciada. Então nenhum filme por mais bem
feito, e nenhum jogo por mais “high definition” conseguira transmitir a emoção que um livro é
capaz por que é a visão e percepção de outra pessoa.
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Então fica ai o desafio, achar um livro que você se conecte
com ele e com a estória dele, leia-o e me diga se eu estou errado quanto ao
primeiro paragrafo. ;)
BoscoJoao
Um comentário:
“Eu, por exemplo, gosto do cheiro dos livros. Gosto de interromper a leitura num trecho especialmente bonito e encostá-lo contra o peito, fechado, enquanto penso no que foi lido. Depois reabro e continuo a viagem. (…) Gosto do barulho das paginas sendo folheadas. Gosto das marcas de velhice que o livro vai ganhando: (…) a lombada descascando, o volume ficando meio ondulado com o manuseio. Tem gente que diz que uma casa sem cortinas é uma casa nua. Eu penso o mesmo de uma casa sem livros.”
Martha Medeiros
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