Gente,
demorei um pouco a postar, porque sempre acho que as postagens precisam ser
super inovadoras e legais e eu acabo não gostando das coisas que penso em
postar. Mas hoje eu tive uma experiência super legal que eu gostaria de
compartilhar com vocês.
Há
umas 3 semanas eu levei um livro que não prendia nem um pouco a atenção das
crianças, achei que seria muito legal pelas figuras, mas a forma como ela era
escrita era em forma de teatro, o que me dificultou na contação e também na
interpretação e engajamento das crianças. Resolvi então brincar com elas, já
que todas se mostravam muito dispersas. Achei o momento de “recreação” muito
válido, porque adquiri um vínculo maior com elas e as conheci em um outro
momento que não seja o da contação.
Porém,
a partir desse dia, toda vez que eu chego nas quartas-feiras a primeira coisa
que elas perguntam é se vamos brincar. Eu tento dar uma despistada, e falo que
a história que eu levei é muito melhor do que brincar e ninguém vai querer
deixar de ouvi-la pra brincar. Mas acaba que no final, não sei se pela minha
falta de experiência ou pela escolha errada dos livros, a maioria pede pra
brincar.
Hoje,
quando eu cheguei, não foi diferente. A primeira pergunta era se íamos brincar.
Disse que a atividade que eu tinha levado era diferente e muito mais legal. E
para o meu espanto, todas adoraram e ninguém quis brincar. Eu levei umas
histórias só com figuras e depois de conta-las e instigar as crianças a
contarem suas versões de cada imagem relacionada com a experiência de vida de
cada uma, pedi para que todas desenhassem a capa das histórias. E o resultado
foi maravilhoso, muitos pediram pra
desenhar outras coisas e eu não pude limitá-los, aliás eu odiava quando
na escola era pedido pra fazer uma redação de como foram as férias e eu não
podia escrever sobre outra coisa que não fosse isso. Então me senti na
obrigação de não obriga-las a desenhar sobre a história. E surgiram cartinhas
para mim, vários desenhos que formavam uma história ajustada à que foi contada,
me desenharam, fizeram desenhos totalmente diferente das histórias e poucas,
mas não menos importante, capas das histórias (o que eu realmente havia
pedido).
Como
diz o mediador Tom, que foi citado pela mediadora Camila, sai de lá com o
“coração quentinho”!
Lara Letícia
Um comentário:
Por favor, nos diga que obras usou para contar histórias só com imagens. Esta é uma alternativa muito válida no uso de álbuns ilustrados, em que o mediador é ativo em criar parte da história, pois só há as imagens. E as crianças também participam desse processo!
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