Como
não acreditar?
Estava
eu em meio as minhas leituras de livros do best-seller, que sempre adorei e
receio adorar até o fim, bom, estava eu lendo minhas coleções intermináveis de
livros de vampiros, anjos, demônios, mais vampiros e mais anjos... Até que em certo
momento comecei a pensar se toda aquela imaginação na verdade não poderia ser
real, mas claro que todo adulto de respeito, mesmo aqueles que ainda gostam de
livros infanto-juvenis, chega à conclusão que isso é apenas confusão mental, ou
estresse do dia-a-dia como os adultos adoram falar.
Enfim,
em meio a tantos pensamentos fui me preparar para mais uma contação, que essa
semana foi regada a “Estela, fada da Floresta” com ursos, coelhos e
porco-espinho. Comecei a ler, ainda em
casa.
Comecei...
– Estela! Chamou Marcos. – Estela! Onde você está?
– Aqui
– sussurrou Estela.
– Onde? – perguntou Marcos. – não posso ver você!
– Isso é porque estou praticando para ficar invisível!
Bom,
após ler isso pensei, será que as crianças vão gostar dessa história? É tão fantasiosa.
– Agora estou vendo você! – exclamou Marcos. – Como você fez isso?
– Pensei em coisas invisíveis – respondeu Estela –, como o vento ou a música...
Após
terminar o livro disse para mim mesma que era sim uma boa escolha, embora fosse
fantasiosa.
Fui...
Ao
começar a ler, as crianças começaram a contar sobre as fadas que já tinham
visto, fecharam os olhos e ficaram invisíveis, contaram histórias com ursos,
com arco-íris, fada do dente, tartarugas gigantes...
Ao
terminar a contação, que foi bem legal, voltei para a casa pensando em tudo que
tinha acontecido.
Fiquei
sorrindo me lembrando de todas as crianças contando sobre coisas que não
existem e me lembrei dos meus amados livros e da minha arte.
Gente,
logo eu, artista de formação e coração, defensora da importância da imaginação,
leio livros de coisas que não existem, questionando crianças sobre o que é real
ou não?!
Onde
ficou minha imaginação dessa vez?
Gente,
como não acreditar em vampiros, anjos e fadas se nas histórias eles são tão
reais?
Como
e por que não acreditar se eles são tão divertidos e legais?
Desse
dia em diante os livros ficaram ainda mais doces.
Viva
a imaginação e a fantasia e viva as crianças que ainda não perderam essa doce
capacidade!!!
Voltei...
–
Vamos procurar as fadas – explicou Estela. –E se virmos uma, poderemos fazer um
pedido.
–
Estou vendo uma! – exclamou Marcos.
–
Onde? Onde? – Perguntou Estela.
–
Tarde demais! Já sumiu – Respondeu Marcos.
–
Tá bom – conformou-se Estela. – O que você pediu?
–
Que eu queria ficar aqui para sempre! – Exclamou Marcos.
–
Eu também – Concordou Estela.
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