terça-feira, 26 de maio de 2015

Conversando Alto

Estive pensando em que tipo de post fazer para o blog. A dúvida do que vamos escrever parece nunca acabar, e só com o tempo ela se tornando mais certeza. Mas a dúvida sobre como abordar e que palavras usar essa é para sempre.

Sexta feira última, tivemos uma agradável reunião e para nosso prazer boa parte dela foi centrada em uma contação mediada pela Julia Gisler, que levou um excelente livro chamado “A História de Julia e Sua Sombra de Menino” da editora Scipione. Não vou contar a história do livro porque assim estragaria toda a surpresa de lê-lo pela primeira vez, então sem spoiler. Mas o que eu posso falar é no obvio impacto que o livro causou em nós. Tecnicamente eu só posso falar do impacto que teve em mim, quanto aos meus colegas, eu espero que lhes tenha afligido de alguma forma a reflexão as vezes tão bela e outras vezes tão crua.

Sobre a temática humanitária, de livros que abordam os atuais assuntos sociais, que louvam da melhor maneira esses pequenos comportamentos de aceitação, entendimento, rebelião, justiça, que ultrapassam as fronteiras do nosso mundo e chegam até nós de forma mais palatável, através da boa literatura que as vezes acompanha uma ilustração tão elegante quanto a história do livro escrita.
É sobre esse pensamento que eu gostaria de finalizar uma reflexão, que eu acredito ser esse o tempo e o espaço apropriado para tal, cuja a ideia me ocorreu depois de uma amigável conversa, uma calorosa conversa, uma emocionante conversa, com um de nossos mediadores.

Eu escutei a mais bela história, digna de seu próprio livro, contada com paixão e afeto, que me fez levitar próximo ao limite emocional socialmente aceitável. Em resumo, resguardei-me das lagrimas. Meu interlocutor não poupou detalhes de sua trajetória e assim terminou o seu conto éramos duas pessoas completamente diferentes. Não que houve uma epifania grandiosa ou uma radical mudança de atitude. Foi mais catártico. Mais reflexivo.

Não é sempre que você tem uma oportunidade de se relacionar com as histórias das pessoas, e eu guardo os detalhes dessa conversa apenas comigo por que foi um momento de intimidade e confiança partilhado apenas por dois colegas que se respeitam e se admiram, e por puro egoísmo de minha parte. Nunca pretendi a perfeição mesmo.

Então mediadores a reflexão se não fui obvio o bastante é que: nos constamos histórias que são conectadas com vidas, vidas de pessoas que a gente pode conhecer ou não. Que são sempre reais porque a gente não sabe que a história do livro, pode ser a história de alguém, mesmo que cercada de fantasia. E é aqui que eu apelo que nos sejamos mais cuidadosos ao lidar com essas histórias, que sempre o melhor de nós esteja disponível para essa leitura, e que você sinta cada página do livro como as palavras de alguém que se abre e se expõe, como eu me senti enquanto conversava no chão do bloco da UnB.

(Os: Vale a pena conferir esse link de livros que contam belas histórias humanitárias do nosso mundo. http://www.brasilpost.com.br/2015/05/23/criancasdireitos_n_7425480.htmlncid=fcbklnkbrhpmg00000004 )


BoscoJoao ;D

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