Estive pensando em que tipo de post fazer para o blog. A dúvida
do que vamos escrever parece nunca acabar, e só com o tempo ela se tornando mais
certeza. Mas a dúvida sobre como abordar e que palavras usar essa é para
sempre.
Sexta feira última, tivemos uma agradável reunião e para
nosso prazer boa parte dela foi centrada em uma contação mediada pela Julia
Gisler, que levou um excelente livro chamado “A História de Julia e Sua Sombra
de Menino” da editora Scipione. Não vou contar a história do livro porque assim
estragaria toda a surpresa de lê-lo pela primeira vez, então sem spoiler. Mas o
que eu posso falar é no obvio impacto que o livro causou em nós. Tecnicamente eu
só posso falar do impacto que teve em mim, quanto aos meus colegas, eu espero
que lhes tenha afligido de alguma forma a reflexão as vezes tão bela e outras
vezes tão crua.
Sobre a temática humanitária, de livros que abordam os
atuais assuntos sociais, que louvam da melhor maneira esses pequenos
comportamentos de aceitação, entendimento, rebelião, justiça, que ultrapassam
as fronteiras do nosso mundo e chegam até nós de forma mais palatável, através da
boa literatura que as vezes acompanha uma ilustração tão elegante quanto a história
do livro escrita.
É sobre esse pensamento que eu gostaria de finalizar uma reflexão,
que eu acredito ser esse o tempo e o espaço apropriado para tal, cuja a ideia
me ocorreu depois de uma amigável conversa, uma calorosa conversa, uma
emocionante conversa, com um de nossos mediadores.
Eu escutei a mais bela história, digna de seu próprio livro,
contada com paixão e afeto, que me fez levitar próximo ao limite emocional socialmente
aceitável. Em resumo, resguardei-me das lagrimas. Meu interlocutor não poupou
detalhes de sua trajetória e assim terminou o seu conto éramos duas pessoas
completamente diferentes. Não que houve uma epifania grandiosa ou uma radical
mudança de atitude. Foi mais catártico. Mais reflexivo.
Não é sempre que você tem uma oportunidade de se relacionar
com as histórias das pessoas, e eu guardo os detalhes dessa conversa apenas
comigo por que foi um momento de intimidade e confiança partilhado apenas por
dois colegas que se respeitam e se admiram, e por puro egoísmo de minha parte. Nunca
pretendi a perfeição mesmo.
Então mediadores a reflexão se não fui obvio o bastante é
que: nos constamos histórias que são conectadas com vidas, vidas de pessoas que
a gente pode conhecer ou não. Que são sempre reais porque a gente não sabe que
a história do livro, pode ser a história de alguém, mesmo que cercada de
fantasia. E é aqui que eu apelo que nos sejamos mais cuidadosos ao lidar com
essas histórias, que sempre o melhor de nós esteja disponível para essa
leitura, e que você sinta cada página do livro como as palavras de alguém que
se abre e se expõe, como eu me senti enquanto conversava no chão do bloco da
UnB.
(Os: Vale a pena conferir esse link de livros que contam
belas histórias humanitárias do nosso mundo. http://www.brasilpost.com.br/2015/05/23/criancasdireitos_n_7425480.htmlncid=fcbklnkbrhpmg00000004 )
BoscoJoao ;D
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