No primeiro dia de contação na turma do 2º ano A, assim que anunciei que às segundas-feiras eu iria ler histórias, os alunos ficaram super animados e todos queriam fazer parte do primeiro grupo.
Para começar e conhecer um pouco das preferências da turminha, preferi contar histórias diferentes para cada grupo e deixei que cada um escolhesse a que queria ouvir dentre as opções: “Contos de Perrault” e “Marcelo, marmelo, martelo e outras
histórias” de Ruth Rocha e “Dito e feito” de Jennifer Armstrong.
O primeiro grupo escolheu o conto “Pele de asno” de Perrault, que é sobre uma princesa “linda, inteligente e doce”, que fugiu do palácio disfarçada com uma pele de asno para não se casar com o próprio pai, até que conheceu um príncipe em outro reino, que por sua vez, procurava a dona de um anel muito fino e delicado e adivinhem de quem era... As meninas notaram a semelhança com a história da Cinderela e já previam um final feliz. Durante a história foram levantadas questões como, o porquê da princesinha não dizer, simplesmente, ao pai que não queria se casar, ao que as próprias crianças responderam que o pai era o rei e que devia ser obedecido. Elas se atentaram para o fato de que em Brasília também tem palácios, “onde mora o presidente” e que “doce” não é apenas de comer mas que pode ser “uma pessoa legal”.
Ao segundo grupo, que tinha apenas uma menina, foi contada a história do Caloca, um menino “enjoado” que sempre levava a bola embora quando o jogo não acontecia como ele queria. Aqui as crianças queriam falar dos seus brinquedos, clubinhos e até dos animais (pois nas ilustrações sempre aparecia algum bichinho) e não aprovaram o comportamento do Caloca.
O terceiro grupo ficou com a história “Marcelo, marmelo, martelo”, um menininho muito curioso, que não aceitava o nome que as “coisas” têm. Para ele, o nome tinha que expressar exatamente o que a “coisa” é, por exemplo, “cadeira” para ele deveria ser chamada de “sentador” e assim por diante, a história era curtinha, mas começamos a renomear alguns objetos e eles se divertiram bastante.
Por conta do tempo, tive que juntar os dois últimos grupos, e comecei a ler “Dito e feito”, no qual falamos sobre valores e a amizade, mas a história não foi terminada, ficando o relato para o próximo post.
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