"Armillaria bulbosa? Tio, que nome estranho! Isso é remédio?"
Você deve estar se perguntando a mesma coisa! Bem, continuamos a passear pelos cinco ramos da árvore da vida. Passamos pelo reino Monera e aprendemos o quão importante são as bactérias para a vida na Terra e que as cianobactérias não são apenas as bactérias mais antigas do mundo, mas que elas foram responsáveis pela criação do oxigênio, permitindo assim a existência de outras vidas em nosso planeta.
Na contação seguinte, levei algumas imagens para ilustrar ainda mais tais informações e propus uma atividade na qual as crianças do 5º ano B poderiam treinar desenho de observação ou mesmo criar, a partir dos modelos, suas próprias bactérias. Em sua maioria, preferiram observar os modelos, o que também é algo muito bom, pois, na observação, têm a oportunidade de analisar os detalhes de cada espécie.
O reino dos Fungos é o segundo ramo da árvore. Ao começar a leitura, logo fui advertido de que havia combinado que eles iriam ler, e não eu. Gostei muito da atitude e de ver o quão interessados estão em aprender sobre tal assunto. Sâmila, aluna do meu primeiro grupo, começou a leitura, e todos ficaram perplexos em saber que ingerem fungos diariamente, pois, quando comem um pedaço de pão, estão comendo levedura, que nada mais é do que uma espécie de fungo. E que numa floresta, as bilhões de folhas que caem das árvores são trituradas pelos fungos e bactérias, que as absorvem como alimento.
Uma das imagens e seu nome esquisito chamaram a atenção de Sâmila: Armillaria bulbosa. "Mas por que colocaram um nome tão estranho, tio? Isso, para mim, é um cogumelo!" Então expliquei a eles que todas as espécies que os cientistas estudam possuem nomes científicos diferentes dos que conhecemos, pois os ajudam a classificá-las melhor. Foi então que Sâmila leu algo que deixou todos chocados! "Gente, escutem isso! Esse fungo tem mil e quinhentos anos! E é mais pesado que um elefante!" Todos ficaram ainda mais atentos, observando as ilustrações do livro. Nesse momento, atinei que consegui, de fato, fazê-las se envolver com a leitura e reconhecer que ela é uma viagem prazerosa. É verdade que, com o passar do tempo, pode-se achar o contrário, pois crescemos, e a leitura acadêmica se torna prioridade. Temos de ler e estudar coisas superchatas para concurso e atender "obrigações" que a vida nos impõe.
Espero estar ajudando a criar esse prazer da leitura dialógica versus arte-educação, e a cada dia percebo que sim! Reino após reino, temos produzido desenhos e pinturas para ilustrar nossa leitura e nosso aprendizado. Montarei com cada aluno um portfólio com suas obras, que serão expostas para os demais colegas de classe e que também serão levadas ao Projeto para apreciação de todos.
Por Sille Maciel
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