segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Diário do Contador por Mariana Kirschner


          Começo confessando que a minha maior motivação na escolha do livro foi a sua capa! A primeira vista, vemos uma pequena silhueta de um animal- até então não sabemos qual- segurando uma rede. Ao seu redor, borboletas de todas as cores e tamanhos, ilustradas em seus mínimos detalhes.  De fundo, a lua em sua majestosa luminosidade, inspira mistério. Que bicho seria aquele, segurando a redeE porque estaria atrás das borboletas? Perseguia alguma em especial?            
         E assim iniciamos a nossa contação, com algumas perguntas na ponta da língua e muita curiosidade!
         Vidrados pelas perguntas iniciais, todos descobriram logo que o vulto da capa era um velho urso chamado Martinho, e que ele era um colecionador de borboletas. Colecionador? A palavra deu pano pra manga! Um dos colegas colecionava peixes mortos dentro de sua gaveta e eu, quando criança, colecionava cigarras.  Éramos todos ávidos colecionadores!
         Seguimos Martinho em sua busca pela “borboleta azul mais brilhante e resplandecente que havia visto”. O vocabulário enriqueceu as discussões: resplandecer, vagar, voltear. A idade de um dos personagens - a árvore- criou espanto. Como assim duzentos e quarenta e três anos de idade? Eu tentei ilustrar a idade: “Se você juntar a sua mão, a sua mão, a mão de todos os colegas da turma...nós temos, mais ou menos, a idade da árvore! É muita idade!”. Risos, cara de espanto, dúvida e um comentário “Deus é mais velho, ele é infinito!”.           
         A narrativa segue e Martinho viaja até a lua. Falamos então sobre o céu, as fases da lua. E eu amplio, perguntando se alguém havia visto a lua na noite anterior.
         Ao final da história, Martinho acaba aprendendo algumas boas lições sobre o amor e a liberdade. Assim, voltamos para a sala, visivelmente encantados por um certo mistério da vida...

Livro: A Borboleta Azul
Autor: Nicolas van Pallandt

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