Começo confessando que a minha maior motivação na
escolha do livro foi a sua capa! A primeira vista, vemos uma pequena silhueta
de um animal- até então não sabemos qual- segurando uma rede. Ao seu redor,
borboletas de todas as cores e tamanhos, ilustradas em seus mínimos detalhes. De fundo, a lua em sua majestosa
luminosidade, inspira mistério. Que bicho seria aquele, segurando a rede? E porque estaria atrás das borboletas? Perseguia alguma em
especial?
E assim iniciamos a nossa contação, com algumas perguntas na ponta da
língua e muita curiosidade!
Vidrados pelas perguntas iniciais, todos descobriram logo que o vulto da
capa era um velho urso chamado Martinho, e que ele era um colecionador de borboletas.
Colecionador? A palavra deu pano pra
manga! Um dos colegas colecionava peixes mortos dentro de sua gaveta e eu, quando
criança, colecionava cigarras. Éramos todos ávidos colecionadores!
Seguimos Martinho em sua busca pela “borboleta azul mais brilhante e resplandecente que havia visto”. O
vocabulário enriqueceu as discussões: resplandecer, vagar, voltear. A idade de
um dos personagens - a árvore- criou espanto. Como assim duzentos e quarenta e três anos de idade? Eu tentei ilustrar a
idade: “Se você juntar a sua mão, a sua mão, a mão de todos os colegas da
turma...nós temos, mais ou menos, a idade da árvore! É muita idade!”. Risos,
cara de espanto, dúvida e um comentário “Deus é mais velho, ele é infinito!”.
A
narrativa segue e Martinho viaja até a lua. Falamos
então sobre o céu, as fases da lua. E eu amplio, perguntando se alguém havia
visto a lua na noite anterior.
Ao final da história, Martinho acaba aprendendo algumas boas lições
sobre o amor e a liberdade. Assim, voltamos para a sala, visivelmente
encantados por um certo mistério da vida...
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