Na última quinta-feira li para as crianças um conto do livro ''O Tesouro das Virtudes 2", organizado pela escritora Ana Maria Machado, com contos próprios e de outros autores. O escolhido do dia foi Dorotéia, a centopéia. Essa era uma das minhas histórias favoritas de quando era criança.
Antes de começar a história perguntei quem sabia o que significava a palavra "virtude". Fiquei impressionada com a quantidade de respostas inusitadas: "ah, virtude é alguma coisa de carro", "não, não! virtude é aquele negócio que a gente come!", "gente, vocês não sabem de nada. virtude é aquilo que tem nos prédios". Vi então que, para eles, virtude poderia ser muitas coisas.
Preferi oferecer a definição do dicionário e depois perguntar qual virtude eles tinham. Algumas crianças até começaram falando que não tinham nenhuma, mas foram convencidas ao longo da conversa que isso não era possível, pois todo mundo tem alguma virtude.
No final das contas, o que mais me interessou na história da Dorotéia foi tê-los feitos pensar um pouco nas qualidades positivas que eles possuem. Observo que na sala de aula, geralmente, são colocados em foco as características negativas de cada criança. A professora dá sempre mais atenção àquela criança que é bagunceira ou àquela que conversa. Fazê-los perceber que dentro de cada um existem uma série de característica positivas (mesmo dentro da criança bagunceira que aos olhos da sala parece sempre atrapalhar) foi o melhor da contação dessa semana.
Um comentário:
Eu amo esse livro! Minha mãe sempre lia pra mim quando eu era criança... É bom retornar a este espaço quando lemos livros queridos para outras pessoas.
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