Em um reino muito distante chamado Aeroplano existia uma menina que amava histórias e ela gostava tanto delas, mas tanto que não queria guardá-las para si. Então entrou para a Irmandade dos Contos, esse era um grupo de meninas parecidas com ela e todas aceitaram participar de uma grande aventura. Elas fariam uma longa jornada para visitar os duendes que viviam em uma caixa gigante perto de um bosque. Sua missão era contar histórias e conversar sobre essas. Tudo ia muito bem, até que... Todos os contos que ela conhecia foram roubados!Ela ficou arrasada e foi falar com o mestre dos contos, ele explicou que existem criaturas especialistas nisso, que roubam todas as histórias legais e no lugar delas deixam livros em branco! Mas é impossível prendê-las, pois são invisíveis! E nossa, como a menina ficou triste! Queria contar histórias mágicas para os duendes, mas não sabia como encontrá-las.
Livros encontrados no lixo. |
Ela estava pensando nisso, quando sua mãe pediu que levasse o lixo para fora e como ela estava muito desolada deixou cair uma lágrima na lixeira. Então algo mágico aconteceu! Dentro da lixeira surgiram livros, vários livros antigos cheios de histórias! Histórias de tempos remotos, da Era das Fadas! Ela salvou esses livros dos perigos do Mofo, monstro que destrói letras, e prometeu distribuir suas histórias na terra dos duendes.
Essa foi a minha história. Eu estava com dúvidas na escolha dos livros e perguntei para as crianças o que elas mais gostavam, elas responderam contos de fadas. Contudo, na minha procura por esses encontrei livros muito pobres, quase vazios. E um dia fui levar o lixo para fora quando vejo que minha vizinha havia jogado fora vários livros de uma coleção antiga, cheio de contos para crianças! Fiquei feliz e ao mesmo tempo chocada! Como se pode jogar fora tantas terras incríveis, personagens corajosas, histórias fabulosas?
Um comentário:
Raquel, achei seu post muito interessante! A forma como o "abandono" de livros apareceu tanto no texto quanto no texto dentro do texto... Muito interessante mesmo! Infelizmente é mais uma evidência do desinteresse pela literatura infantil, desta vez numa manifestação bem concreta...
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